23 de agosto de 2013

Máquina do Tempo - Curiosidades do Rock In Rio 1985

A três semanas de mais um Rock In Rio, na sua cidade natal, Rio de Janeiro, revemos um pouco da história da primeira e histórica edição do evento. Foi em 1985 que nasceu um dos maiores festivais de música do mundo, reunindo ao longo de 10 dias cerca de 1 milhão e quatrocentas mil pessoas. 

O publicitário empresário Roberto Medina levava a cabo um sonho, com a concretização de um festival que mais tarde exportaria, sempre com grande sucesso, para Lisboa, Madrid e Buenos Aires, e que conta já com 16 edições.

Vejamos uma seleção das histórias da edição de 1985, escolhidas a partir do site oficial do festival.


Reza então a lenda que:

1. No primeiro Rock in Rio, o contrato de Ozzy Osbourne incluía uma cláusula que o proibia de comer animais vivos no palco, uma clara referência ao memorável episódio em que Ozzy arrancou, com os dentes, a cabeça de um morcego vivo em pleno palco, três anos antes.
O Príncipe das Trevas cumpriu o acordo e poupou a vida de uma galinha viva atirada por um fã durante o show do dia 16 de janeiro de 1985, entregando-a à sua equipa.

2. Em 1985, adeptos de diversos clubes deviam estar na plateia do concerto de Ozzy Osbourne e uma camisola do Flamengo foi atirada para o palco. Surpreendentemente, Ozzy pegou a camisola e vestiu-a em pleno concerto.
Há quem diga que ele não sabia do que se tratava, mas na verdade é um grande fã de futebol. Torcedor do Aston Villa, Ozzy já teve até um clube com seu nome, o Ozzy Powered FC, fundado por um fã.

3. Uma das condições exigidas pela banda australiana AC/DC para vir ao Rock in Rio em 1985 foi a de que trouxessem um sino de meia tonelada para a clássica “Hells Bells”. Mesmo depois da trabalheira que deu trazer o trambolho de navio, o “instrumento” não pôde ser utilizado por ser muito pesado para a estrutura do palco.
Diante do problema, a equipa do festival correu contra o tempo para fazer uma réplica de gesso a tempo do concerto, e conseguiram!

4. James Taylor, que se apresentou nos dias 12 e 14 de janeiro de 1985, estava em uma péssima fase da sua carreira: deprimido, enfrentava um divórcio e considerava até mesmo abandonar a carreira após o Rock in Rio I. Entretanto, num dos momentos mais emocionantes do festival, o cantor ficou tão comovido com a reação do público durante seu que recobrou o ânimo para seguir em frente.
Em homenagem ao que o festival representara, Taylor compôs “Only a Dream in Rio” em agradecimento e retornou ao Rock in Rio III em 2001, declarando ser “questão de honra” participar novamente do evento.

5.  Dias antes do Rock in Rio I, o então garoto André Matos recebera o convite para tornar-se integrante da banda Viper. A vaga, porém, era para vocalista e André, que tocava piano, não se sentia capaz de assumir o posto.
Eis que ao assistir ao incrível espetáculo dos Iron Maiden no primeiro dia de festival, o menino de apenas 13 anos percebeu que o palco era seu lugar. 28 anos depois, André Matos, uma das maiores vozes do metal no Brasil e no mundo, subirá ao Palco Sunset com os Viper para abrir o dia 22 de setembro, que será encerrado no Palco Mundo pelo mesmo Iron Maiden que o inspirou anos atrás.

6. Queen, a última banda a subir no palco no primeiro dia do Rock in Rio I, era inegavelmente uma das atrações mais esperadas de todo o evento. E foi durante a performance de “Love Of My Life” que Freddie Mercury regeu, como se fosse um maestro, o público de cerca de 200.000 pessoas que cantavam a música num coro perfeito, num dos momentos mais icónicos da história do rock.
Os próprios integrantes ficaram impressionados com tamanha recepção do público: durante o solo de viola, a plateia inteira gritava o nome do guitarrista Brian May, o que deixou o londrino visivelmente emocionado. Para Freddie Mercury, a execução da música no Rock in Rio foi a melhor já realizada pela banda.

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