15 de maio de 2016

À Conversa com... Blackbird

O The Music Spot esteve à conversa com os viseenses Blackbird, que acabam de lançar "State of Mind" o novo single.


1. Estão neste momento a promover o vosso mais recente trabalho. Como tem sido a resposta de quem o recebe e quais os próximos passos?
Estamos ainda no início do nosso percurso de estrada para este ano mas já tivemos a oportunidade de concretizar alguns objectivos que tínhamos delineado. 

Logo em Janeiro estivemos com casa cheia no palco da Fora de Rebanho em Viseu. Se por um lado estivemos a jogar em casa por ser a nossa cidade, por outro estávamos a apresentar o trabalho num palco que ainda nos faltava, um palco que tem vindo a ganhar o respeito e a credibilidade nacionais no circuito da música alternativa. 

O resultado foi extremamente positivo. Apresentámos pela primeira vez alguns dos temas que farão parte do EP a lançar ainda este ano e obtivemos um bom feedback tanto do público que já nos segue com regularidade como daqueles que ainda não tinham tido a oportunidade de nos ver ao vivo.

Em Março voltamos a ter casa cheia em Penalva do Castelo, que em conjunto com Viseu e Chaves se têm mostrado como locais muito especiais para Blackbird. 

Estamos agora a lançar o primeiro single “State of Mind” em CD e com distribuição nas mais importantes plataformas digitais. É um mimo para todos os que nos têm pedido com insistência o EP! Como ainda queremos dedicar tempo nas gravações e na composição de mais material, é uma forma de mantermos um bom equilíbrio entre as vontades!

Sintetizando… A resposta tem vindo a ser cada vez melhor, sentimos o apoio de cada vez mais gente e abraçamos os desafios que nos endereçam. O single estará a circular em breve e a “Turning The Tide” tour de 2016 que conta desde já com 10 datas espalhadas pelo território nacional, promete ainda algumas surpresas. É expectável o lançamento de um EP ainda este ano.


2. Qual o momento mais marcante da tour 2015 (dentro ou fora de palco)?
A tour de 2015 trouxe alguns momentos interessantes… nunca será uma tarefa fácil destacar os momentos mais marcantes mas as duas experiências em Vigo com os Limbo e Promethevs, o concerto no Forte de S. Nêutel em Chaves, a casa da cultura a abarrotar também em Chaves, um grande concerto de rock debaixo de chuva no Beny Sound Fest em Pereiras de Bodiosa com muitos resistentes a curtir connosco debaixo de chuva, partilhar palco com bandas como Moe’s Implosion, Besta, DarkWaters, Recensurados, Bulldozer, Smoking Beer, Madame Limousine, The Electric Reeds, Limbo, Blue Trash Can, Shutter Down, e tantas outras… 

Este ano tivemos momentos para recordar nos dois concertos… Casa cheia e um ambiente fantástico na Fora de Rebanho e em Penalva do Castelo, para além de um ambiente e de um público de excelência, a cereja no topo do bolo foi a oportunidade de termos entre o público o grande Carlos Cavalheiro, o vocalista dos Xarhanga, os precursores do hard rock e do heavy metal em Portugal ainda no início dos anos 70, e de termos passado no teste com ele!


3. Como tem sido a vossa evolução enquanto banda? São para já 3 anos de consolidação, crescimento… amadurecimento. Este é um projecto de longo curso. Queremos fazer coisas por nós mas que façam sentido para os outros. De modo geral temos sentido isso.

Assumimo-nos como uma das vozes da cena alternativa de Viseu, que tem uma qualidade inquestionável, assumimos que a música que fazemos tem conteúdo e nos nossos concertos se fala de coisas que têm também têm conteúdo.

O know-how de cada elemento, a comunicação e a presença em palco o som está cada vez mais interessante para nós e sentimos que o público também o percebe assim. Ao mesmo tempo isso também nos deixa muito espaço para crescer e para continuar a procurar cumprir com objectivos. 

Temos conseguido tirar prazer tanto a tocar para 50 pessoas como a tocar para 4000. O palco é um ambiente onde nos sentimos bem e estamos agora a tomar o gosto pelo estúdio que estamos a construir.


4. Objetivos para o futuro?A gravação de um ou dois EP’s, a captação de endorsements (somos uma banda com bastantes datas por ano e isso pode ser capitalizado por quem nos queira apoiar), e temos um interesse pouco secreto de vir a tocar no Hard Club (já esteve agendado) e no Paradise Garage bem como alguns festivais de Verão. No ano que passou tivemos oportunidade de fazer parte do cartaz do Mêda+, tal como outros. Queremos continuar nesse sentido, mas com um crescimento sustentado. 


5. Qual o grande propósito enquanto banda?
Fazer e tocar boa música. E assim ter a oportunidade de intervir no meio que nos rodeia através da forma, do método e do conteúdo.


6. Quem poderiam destacar no vosso percurso?Há algumas pessoas e/ou entidades que temos obrigatoriamente que destacar… O Luís Nunes e o Estudantino onde nos voltamos a reunir e onde o projecto tomou forma. Toda a malta dos Limbo, a malta de Shutter Down e Promethevs, a família que temos na Cadeira Amarela (a nossa agência)…

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