Os Gala Drop terminam amanhã, 19 de março, com um concerto integrado no ciclo CCBeat no Pequeno Auditório do CCB uma digressão europeia que começou em Portugal (Guarda), seguiu por Espanha, França, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Itália.
Afonso Simões, bateria, Jerry The Cat, voz e percussão, Guilherme Canhão, guitarra, Nelson Gomes, sintetizadores e Rui Dâmaso, baixo compõem uma banda que não passa despercebida, apesar de uma atitude um tanto tímida. Começaram como um duo mas hoje são um quinteto que atua um pouco por todo o lado, de Portugal para o mundo.
Em 2008 lançaram um álbum homónimo, onde “envolviam a liberdade das jams do rock alemão, dos anos 70, em exalações de fumos dub” (Pedro Rios, Jornal de Negócios). Dois anos depois, foi a vez do EP “Overcoat Heat”, trabalho de guitarras estonteantes e ritmos house, que não passou despercebido a Philip Sherburne, importante crítico da conceituada revista Resident Advisor. Sherburne não resiste a comparações a bandas como Tortoise, King Tubby ou Animal Collective. “Broda”, com a colaboração do guitarrista Ben Chasny, foi o último longa-duração da banda, que lhes valeu a derradeira consagração, confirmada pelo convite de Panda Bear para uma atuação em Nova Iorque.
Eis que em 2014 lançam “II”, um disco que se aproxima mais da canção, com a carismática voz de Jerry The Cat, norte-americano a residir em Lisboa, que já colaborou com Parliament, Funkadelic, John Lee Hooker, Moodyman, entre outros. “II” traz de volta a banda tecedora de uma música original fascinante, inspirada pela inesgotável riqueza dos campos do rock e da música eletrónica e de dança, para além da ligação afetiva que desenvolveram pelas raízes africanas e jamaicanas.
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