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3 de julho de 2014

Reportagem | Extreme ao vivo no Armazém F

Os norte-americanos Extreme trouxeram a Lisboa sua digressão "Pornograffiti Live!", quase seis anos depois do concerto no Coliseu dos Recreios, aquando da sua última passagem por Portugal.

Nuno Bettencourt e companhia fizeram-se desta vez à estrada com o intento de tocar na íntegra "Pornograffiti", o seu disco de maior êxito comercial e os seus fãs em Portugal responderam em massa enchendo por completo a sala situada no Cais do Sodré.

A banda de Boston tem, desde 2007, mais um elemento com estreita ligação a Portugal (o atual baterista Kevin Figueiredo é luso-descendente), e em cada atuação no nosso país os Extreme jogam sempre em casa, tal é o carinho com que são recebidos.

A abrir o concerto, poucos minutos passados das 21h00, a frenética sequência inicial do disco de 1990 (Decadance Dance / Lil' Jack Horny / Whem I'm President / Get The Funk Out) mostrou-nos a excelente forma em que a banda se encontra. Gary Cherone mantém a sua frenética postura em palco, Nuno Bettencourt continua a mostrar todos os atributos que o levaram a ser considerado um dos melhores guitarristas do seu tempo e a secção rítmica apresenta um sempre certeiro Pat Badger no baixo e uma bateria com pujança extra com a poderosa performance de Kevin Figueiredo.

A autêntica locomotiva, mescla de hard rock e funk, que ia estremecendo as fundições do Armazém F só acalmaria para a interpretação de "More Than Words", mega-êxito da banda que atingiu o lugar cimeiro da Billboard Hot 100 em 1991. Os Extreme voltariam logo de seguida à carga e durante a interpretação de It ('s a Monster), canção que na verdade tem um dos mais monstruosos riffs do disco, Cherone trepa tudo o que lhe aparece pela frente. Forma física invejável para quem este mês já comemora o 53.º aniversário.

A banda não passaria por cima de "When I First Kissed You", canção que se aproxima de um standard de jazz e destoa do álbum, acabando por ser a oportunidade de assirtirmos a uma rara interpretação de Nuno Bettencourt ao piano.

Mais à frente Bettencourt mostrou-nos no intro de He-Man Woman Hater de que é material é feito um guitar hero, terminando de seguida o set de "Pornograffiti" com "Song For Love" e "Hole Hearted", mais dois exemplos da capacidade da dupla Cherone/Bettencourt em escrever grandes canções. Revisto que estava o disco protagonista da noite, vieram as primeiras ameaças de despedidas.



O público exigia mais e os quatro voltariam ao palco para um generoso encore num formato próximo de "discos pedidos" e que haveria de abordar cada um dos outros quatros álbuns de estúdio da banda, com destaque para "III Sides to Every Story". A sequência final teve apenas um momento mais calmo (o instrumental "Midnight Express", com Nuno Bettencourt sozinho a encher o palco). O guitarrista açoriano demonstra um domínio e uma confiança que são bem visíveis também na fiel interpretação da excelente "Am I Ever Gonna Change" (a favorita deste vosso escriba). O público ao rubro e onde não faltava a bandeira do arquipélago natal de Bettencourt, viu satisfeito o pedido de "Color Me Blind", canção pouco rodada em palco e também a mais solicitada "Cupid's Dead", para um final apoteótico. Bettencourt mostrou-se aqui longe de estar velho para a interpretação dos temas de execução mais rápida. Cherone fazia as despedidas, podendo-se ouvir um "Ain't no place like home" e os momentos finais foram de confraternização com alguns dos fãs.

Os Extreme proporcionaram uma noite intensa e recheada de emoções e que para muitos foi uma autêntica viagem no tempo e a cumplicidade patente entre a banda e os espetadores faz antever outros grandes momentos no futuro para um público português que certamente desejará não ter de esperar mais meia dúzia de anos por uma atuação de uma das suas bandas mais acarinhadas.

Extreme Setlist Espaço Armazém F, Lisboa, Portugal, Pornograffitti Live! 2014

28 de maio de 2014

14 on Fire prestes a incendiar o Parque da Bela Vista

A menos de 24 horas do espetáculo dos míticos Rolling Stones na edição dos 10 anos do Rock in Rio, mostramos-vos o cartaz oficial do concerto, que teve como inspiração o trabalho arquitetónico de Santiago Calatrava para a Gare do Oriente, em Lisboa.


O concerto dos britânicos no Parque da Bela Vista será o segundo desta tourné na Europa, depois da atuação de cerca de duas horas em Oslo, esta segunda-feira.

The Rolling Stones Setlist Telenor Arena, Fornebu, Norway 2014, 14 on Fire

Banda:
Mick Jagger
Keith Richards
Charlie Watts
Ronnie Wood
Darryl Jones
Chuck Leavell
Bobby Keys
Tim Ries
Lisa Fischer
Bernard Fowler
Matt Clifford

4 de maio de 2014

Reportagem | Silence 4 ao vivo na MEO Arena

Foi a 5 de abril que se deu o muito aguardado regresso dos Silence 4 aos palcos, movendo dezoito mil pessoas à MEO Arena, para uma celebração da vida e das canções que marcaram uma geração, numa noite de emoções fortes ao longo de perto de três horas.

O espetáculo iniciar-se-ia com um pequeno documentário que mostrou em flashback o percurso dos Silence 4, recuando aos primórdios da banda em 1996, rematado com um “So glad that you here with us today”. A expetativa aumentava, mesmo entre os nascidos após essa data e que assistiriam ao seu primeiro concerto dos quatro de Leiria.

Num palco com um cenário (inicialmente) simples, abririam com "A Little Respect", a cover de Erasure que os tirou do anonimato. Não tardaria também “Borrow”, o maior sucesso da banda e sobre o qual David Fonseca admitiu nunca imaginar vir a ser o estrondoso êxito que foi. Tal sequência agarraria desde logo os muitos que reviviam os êxitos da banda com alegria estampada no rosto, só suplantada pela da de Sofia Lisboa, visivelmente emocionada.


Num dos momentos altos do concerto David Fonseca chamou a palco Sérgio Godinho. Muito aplaudido, daria o seu contributo em "Sextos Sentidos", canção para a qual foi convidado para gravar no disco de estreia. David confessou que foi com imensa surpresa que receberam a resposta positiva de Godinho ao convite de uma banda completamente obscura, à época.

No momento em se ouvem os primeiros acordes da contagiante "My Friends" aparece suspenso um automóvel clássico e que lentamente desceria até ao palco. David Fonseca não tardaria em subir para cima do seu tejadilho, de megafone em punho, deixando o público ao rubro. Sofia introduziria pouco depois “Angel Song”, também uma das preferidas da assistência, confessando que chegou a pensar não mais cantá-la. 

Fotos: (C) Rute Gonçalves

Os músicos reapareceriam pouco depois num pequeno palco montado no centro da arena. Foi então nesse ambiente mais intimista e com os quatro voltados uns para os outros que recriariam a pequena sala dos primeiros ensaios da banda, numa velha casa dos arredores de Leiria. Sofia Lisboa, no momento mais comovente da noite, agradeceu à pessoa que lhe salvou a vida, a sua própria irmã, acabando as duas abraçadas. Em dedicatória à sua heroína, Sofia interpretaria "Invincible" dos Muse, a canção que a sua irmã lhe colocava a tocar nos momentos de adversidade da luta com a doença. Pode não ter sido um dos momentos musicalmente mais interessantes, mas as emoções estiveram à flor da pele.

No regresso ao palco principal, seguiria-se o encore final feito dos grandes êxitos da banda em reprise (as canções que David Fonseca disse também serem de todos os espetadores) e que seriam cantados a plenos pulmões por todos os espetadores, com uma apoteótica "Angel Song" a fechar o pano. De permeio houve ainda tempo para a entrega simbólica à Liga Portuguesa Contra o Cancro da verba angariada nesta mini digressão, indo os 30.000 euros para investigação na área da cura da doença.

Ainda que musicalmente os Silence 4 se tenham mostrado menos arrojados do que nos concertos ainda bem presentes na memória de muitos, este derradeiro espetáculo terá ido ao encontro das expetativas dos quantos encheram a maior sala do país e para os quatro de Leiria o sentimento será de missão cumprida.

Silence 4 Setlist MEO Arena, Lisbon, Portugal 2014

13 de janeiro de 2014

Trêsporcento ao vivo no Musicbox

Os Trêsporcento apresentaram no último sábado, no Musicbox, o seu "Lotação 136", disco registado ao vivo numa noite de comunhão com o seu público em maio de 2013.


Fotos: Luís Macedo

A festa na sala do Cais do Sodré haveria de começar com o concerto de Capitão Capitão, projeto de J. P. Mendes. O trio de músicos que fez as honras da casa teve uma boa receção por parte de uma plateia já bem numerosa.

Seria mais tarde uma sala com lotação esgotada a receber os Trêsporcento que se apresentam sem trejeitos de vedetas, abrindo logo com "És mais sede", uma das grandes composições de Tiago Esteves.

"Elefantes azuis" e "Pinheiros na Rússia", apresentadas de seguida mostram-nos como o bom indie rock pode soar bem cantado em português.

"Cascatas", resulta muito bem no pequeno Musicbox, mas é feita à medida de um grande palco de um dos maiores festivais, pois é uma daquelas canções que incendeia qualquer plateia.


Em "Espero", Tiago, Pedro, Salvador, Lourenço e António (como fazem questão de se apresentar) mostram-nos o quanto a banda cresceu desde a edição do EP de 2009, do qual o tema faz parte.

Para o encore, reservava-se o tema instrumental que dá nome ao disco ao vivo e que acaba por se tornar num dos momentos de maior intensidade da noite e ainda "O Grande Mentiroso", versão de uma canção de Capitão Capitão.

A fechar ouviu-se "Veludo", um dos emblemáticos temas banda e o mais pedido pelo público, numa versão um pouco diferente e em que João Gil subiria ao palco pela primeira vez.

Haveria ainda a apresentação dos Hombres con Hambre, de João Gil que se faz acompanhar de Zé Guilherme e José Vasconcelos Dias (elementos dos Brass Wires Orchestra que mostram aqui toda a sua versatilidade) em instrumentais dançáveis e com improviso saídos de dois sintetizadores e uma bateria, som perfeito para a hora a que o trio subiu ao palco.

Quanto à banda da noite, os Trêsporcento prosseguem a sua afirmação, sem queimar etapas e num crescendo que tantas vezes também se pode escutar nas músicas. Os lisboetas confirmaram também nesta  atuação que não é só em disco que são uma das bandas mais excitantes e "excitadas" do panorama nacional, recomendando-se totalmente a audição de "Lotação 136" e ainda mais ir vê-los ao vivo.

Parabéns também à Azáfama pela grande noite proporcionada a todos os que se deslocaram ao Musicbox.


2 de novembro de 2013

Músicos nacionais homenagearam o poeta do rock ontem à noite

Foi esta sexta-feira que alguns dos mais importantes músicos nacionais se reuniram em palco para interpretarem as canções de Lou Reed e dos Velvet Underground. O The Music Spot esteve presente e conta-vos tudo.

O evento organizado em tempo record e que decorreu num Largo do Intendente em Lisboa apinhado de público de diversas faixas etárias, teve como mentor Nuno Duarte (Jel), que viria a ser igualmente o mestre de cerimónias (e o aniversariante) da noite. Coube-lhe também interpretar o tema de abertura "Rock & Roll" que daria o mote para um desfilar das mais emblemáticas obras do músico nova-iorquino.

Alguns dos pontos altos da noite seriam as interpretações de Jorge Palma em "Walk On The Wild Side", JP Simões em "Sweet Jane", a versão de "Heroin" cantada, em parte, em português por Manuel Fúria e "Run, Run, Run" com JP Almendra (PunkSinatra) no momento em que o caos se instalou com Carolina Torres a liderar correria desenfreada em palco.


Foram quase trinta os artistas (JP Simões, Flak e Alexandre Cortez (Rádio Macau), Samuel Úria, Carlos Martins, Manuel Fúria, Anamar, Nuno Duarte e Vasco Duarte (Homens da Luta), Tiago Bettencourt, Carolina Torres (The Girl In The Black Bikini), João Pedro Almendra (Punk Sinatra), Rita Redshoes, Celina da Piedade, Tiago Gomes, Cat e Ana Moreira (Anarchicks), Armando Teixeira (Balla), Pedro Lousada (Blasted Mechanism), Zé Pedro e Tim (Xutos e Pontapés), Micro Audio Waves, Manuel João Vieira, O Martim, Jorge Palma e Rui Reininho) que tiveram o privilégio de mostrar a um público entusiástico as suas versões das cações de Lou Reed.

Ao fim de hora e meia o set chegaria ao fim, havendo de seguida direito a encore com a segunda interpretação das mesmas canções, para delírio da assistência, prolongando a festa noite adentro. Foi aí que o ambiente aqueceu ainda mais neste memorável Concerto de Homenagem a Lou Reed...

© Vitor Sá Ramos 

Setlist
Rock & Roll (Jel)
 Sweet Jane (JP Simões)
Satellite of Love (Tiago Bettencourt)
Vicious (Tim e Zé Pedro)
Pale Blue Eyes (Flak)
Heroin (Manuel Fúria)
All Tomorrows Parties (Celina da Piedade e Alex)
After Hours (Micro Audio Waves)
Waiting For My Man (Armando Teixeira)
Femme Fatale (Paulo Furtado e Rita Redshoes)
Sunday Morning (Carolina Torres e Cat Anarchick)
Run, Run, Run (Pedro Lousada, JP Almendra e Samuel Úria)
Dirty Boulevard (Tiago Gomes)
Make Up (Manuel João Vieira)
Goodnight Ladies (Anamar e Manuel João Vieira)
Take a Walk on the Wild Side (Jorge Palma)
Perfect Day (Jorge Palma e Rui Reininho)

© José Frade

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28 de setembro de 2013

Hot Stuff na festa do hard rock nacional

Foi na passada quinta-feira que os Hot Stuff se reuniram para o primeiro de dois concertos comemorativos dos 20 anos do lançamento de "Kind of Crime" um dos discos hard rock nacional de maior sucesso.

O palco escolhido foi o do Hard Rock Cafe Lisboa, numa noite em que apresentou casa cheia para assistir à Warm Up Party dos Hot Stuff, dois dias antes de subirem ao palco do Coliseu onde abrirão para Russ Ballard e Gun.


A banda apresentou os membros originais Marcelo Vieira Rodrigo Leal e Mário Peniche, tendo sido convidado o guitarrista Alexandre Hard para o lugar de Solly Hazan, o único ausente da primeira formação.

Não faltaria uma secção de metais de três elementos, que preencheu temas com sonoridade mais funk como "Billy Boy" ou "On My Phone". O exíguo palco tornava-se então pequeno para os sete músicos, mas nem isso prejudicaria a performance da banda.

Marcelo Vieira, o frontman original, com um visual radicalmente diferente daquele com que era visto no princípio dos anos 90, mantém a sua capacidade vocal atingindo os registos mais agudos com a mesma precisão.

Desfilaram vários temas do primeiro álbum, antes de ser chamado ao palco Mauro Coelho, a voz que gravou em 1994 o segundo LP, "Things Like That". Mauro cativa com a sua voz igualmente poderosa em "Boogieman", antes de dois dos momentos altos da noite: a cover de "Let's Get Rocked" dos Def Leppard em dueto entre Mauro e Marcelo e "Hot Stuff" o tema que levou os levou aos tops nacionais há duas décadas.

A memorável noite prolongar-se-ia com a interpretação de mais um tema da cada um dos álbuns da banda e para fim de festa os Hot Stuff partilhariam o palco com músicos convidados. Ouviriam-se então alguns dos hinos hard rock de Van Halen, Def Leppard e Deep Purple. Neste último a voz de Rodrigo Leal encaixaria na perfeição, demonstrando manter excelentes dotes vocais, para além de continuar um enorme músico atrás da bateria.

Resta a oportunidade de os verem esta noite, 28 de setembro, no Coliseu.

Setlist do concerto

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1 de setembro de 2013

Máquina do Tempo - Pearl Jam no Estádio do Restelo em 2000

A um mês da edição do novo álbum, os Pearl Jam partilharam no Facebook uma gravação de "Animal", registada ao avivo a 23 de maio de 2000, no Estádio do Restelo.



O registo da segunda passagem por Portugal dos Pearl Jam seria mais tarde editado na primeira série de boolegs oficiais da banda. É possível percebermos pela audição do duplo disco "23/5/00 - Estádio do Restelo, Lisbon, Portugal" o fantástico ambiente vivido durante as quase duas horas e meia do espetáculo. O público entoou cânticos cânticos futebolísticos, cantou em uníssono o refrão de "Alive", um dos temas mais pedidos da noite e é possível ouvir ainda a revelação de Eddie Vedder que conta que dias antes esteve na Costa da Caparica onde aproveitou para “apanhar umas ondas”.