Disappearer foi idealizado em 2008, a sério em 2012, e é encarado por Pedro Coelho Pereira quase como um ato a solo. É ele quem toca todos os instrumentos, em músicas de sua autoria, com voz e vocoder de The Social Assassins.
Pedimos a Pedro Coelho Pereira que nos apresentasse os Disappearer e o seu novo, que acabou por falar ainda da dificuldade que sente no seu próprio país enquanto artista.
Este é o segundo disco, o primeiro saiu o ano passado e obteve críticas extremamente positivas um pouco por todo o mundo, ainda é ouvido e comprado um pouco por todo o mundo. Espero que este seja pelo menos uma versão mais completa e aperfeiçoada, ou um outro possível caminho, mais experimental e possivelmente menos melódico.
A exposição em Portugal tem sido propositadamente mínima, muito porque culturalmente o país está moribundo (é questionável se alguma vez esteve vivo, mas podemos apontar os anos 80 como bastante prolíficos em todos os aspectos), e a arte (e o artista) merece(m) cada vez menos atenção (e às vezes até desprezo). É um país que se tornou ainda mais pequeno, basta ver o que se passa com os media, se isto não é um revisitar da ditadura, então estamos a ser bem enganados.
Como músicos a única solução que nos resta(rá) é divulgar por quem está disposto a ouvir sem preconceito, seja no Japão, seja no Alaska, porque em Portugal já há muito que se desistiu de criar.
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