9 de agosto de 2015

Angel Olsen e Manel Cruz atuam no Festival Manta, em Guimarães

O Manta 2015 abre a nova temporada e dá início à celebração dos 10 anos de vida do Centro Cultural Vila Flor, com dois concertos de entrada livre. Um momento simbólico e importante, que representa a visão de um investimento da cidade, consolidado em património material identitário desse olhar contemporâneo que carateriza Guimarães no séc. XXI.


Angel Olsen, sábado, 5 de setembro

A cantora, compositora e guitarrista Angel Olsen visita o Manta e promete um concerto inesquecível.

Olsen toca um folk despretensioso, as letras são sinceras e profundas porque cantam as angústias da vida. A voz é a de quem sussurra uma alma dorida onde cabem os desamores e a solidão. As melodias são delicadas, mas impõem um silêncio à audiência que fica siderada quando a ouve. Ao segundo álbum a solo, “Burn Your Fire for No Witness”, Angel Olsen vê a sua carreira descolar em definitivo ao revelar o real talento escondido por detrás de uma timidez solene que, aos poucos, se afirma numa segurança total de quem já faz isto há muito tempo. Este trabalho foi aclamado pela crítica e o público parece rendido ao charme envergonhado que Olsen emana quando sobe ao palco. “Burn Your Fire for No Witness” constou em diversas listas dos melhores álbuns de 2014 e os concertos multiplicam-se. A artista conquista, sem esforço, quem a ouve e quem a vê. Agora, é a vez de conquistar o Manta.


Manel Cruz, sexta-feira, 4 de setembro

Este é um concerto atípico no trajeto de Manel Cruz. Num momento de intervalo entre projetos, ele propõe-se a misturar passado, o presente e aquele que poderá ser um futuro.

Como um álbum de fotografias de estrada que regista momentos/canções numa visão pessoal do que tem sido o seu percurso. Uma viagem por músicas dos vários projetos em que esteve envolvido, à mistura com músicas nunca editadas. Uma paragem para pôr gasolina, enquanto se vê no mapa o caminho que se fez e para onde se quer ir. Este trabalho surge em jeito de balanço e com prazo de validade que expira em setembro. Com este projeto, Manel Cruz obedece ao desejo de tocar e criar, esse ímpeto que fala sempre mais alto, e assim acontece esta Estação de Serviço. Uma pausa na viagem para abastecer e esticar as pernas. Imperou a vontade “de torcer essas músicas, mexer-lhes e brincar com elas”, como o próprio explica. Os jardins do Centro Cultural Vila Flor serão mais uma Estação de Serviço na longa viagem de Manel Cruz.

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