15 de dezembro de 2015

Reportagem | The Gift - 20 anos @ Multiusos de Guimarães

Uma das mais bem sucedidas bandas dos últimos vinte anos em Portugal, os The Gift prepararam dois concertos que celebram precisamente esse marco histórico, pontuado por inúmeros sucessos que já pertencem ao imaginário do grande público. Nessa condição, a banda alcobacense pôde apostar numa grande produção que foi visível no Pavilhão Multiusos de Guimarães, e foi “Fácil de entender” que a ousadia redundaria em sucesso: uma autêntica multidão preencheu (praticamente) todos os cantos do pavilhão.

Um cronómetro em ecrã gigante contava os minutos até que a banda pisasse o palco, mas para os The Gift, estar no palco é mais do que simplesmente pisá-lo. É essa presença tão intensa e distinta, olhos nos olhos com a plateia, que faz um espetáculo de cerca de duas horas e meia passar a voar. Começando em alta com um momento apoteótico ao som o “beatlesque” tema “Clássico”, onde os altos voos de Sónia Tavares foram levados à letra, com a vocalista a cantar suspensa no ar. De regresso a terra firme, seguiu-se o tema “Laura”, onde a banda se concentrou numa pequena extensão do palco principal, praticamente encostado às primeiras filas.







A atuação prosseguiu com “Dream with someone else's dream”, “Truth”, “Changes”, “How the end... Always end”, “OK! Do you want something simple?”, “Doctor”, “Sehnsucht” e “Butterfly”, numa sucessão de temas que garantia que nenhuma fase da história dos The Gift ficava esquecida, e onde não faltou sequer o sexteto de cordas. “Wallpaper”, “Meaning of life”, ”Primavera”, “Made for you”, “Question of love”, “RGB”, “Driving you slow”, “Front of”, “The singles” e “In repeat” fizeram subir a pulsação no publico que começava a libertar-se das cadeiras, ora respondendo ao repto à dança, ora ovacionando as referências à cidade-berço que surgiram em projeção.

E foi pelo ar que Sónia Tavares se fez chegar ao pequeno palco no centro do pavilhão, esperada apenas pelo teclista Nuno Gonçalves, enquanto interpretava “Fácil de entender”, e onde protagonizou uma homenagem a Frank Sinatra - que faria neste dia 100 anos - através da interpretação, bem acompanhada pelo público, de “My way”.

Para o final, ficou “My Lovely Mirror” e “Music” - será quase escusado tentar descrever o ambiente de festa que estava espalhado por todo o pavilhão, que coroou uma produção de uma dimensão muito considerável, mas meticulosa ao ponto de não ter havido qualquer falha percetível.

Apesar do adiantar da hora - o espetáculo terminou perto da uma da manhã - ainda houve tempo para uma prolongada sessão de autógrafos, em que algumas centenas de pessoas aguardavam pelos músicos, com os seus CDs e vinis na mão, ou mesmo o magnífico livro intitulado “20”, da autoria do jornalista Nuno Galopim.

A comemoração dos 20 anos de Alcobaça irá agora culminar com a apresentação na MEO Arena, já no próximo sábado, 19 de dezembro.

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