O The Music Spot colocou umas questões aos bracarenses Bed Legs, que se preparam para vir mostrar em Lisboa o portentoso som de que é feito o seu disco de estreia "Black Bottle". A atuação está marcada para 20 de fevereiro no Sabotage Club. Entretanto aconselhamos vivamente a escutarem o disco e a lerem o resultado da nossa conversa com a banda.
TMS: Como surgiram os Bed Legs?
BL: Os Bed Legs surgiram num sótão, neste caso no sótão do Hélder, o baixista da banda, onde nos começamos a juntar para "dar uns toques" após uma prolífera Jam Session na República dos Inkas em Coimbra, Jam Session que reavivou o "bichinho" da música em nós.
Após alguns "ensaios" achamos que estávamos a sacar uns sons fixes, chamamos o Fernando e começamos a compor um pouco mais a sério, dos sons surgiram temas e dos temas surgiu a ideia de fazer uma banda.
TMS: É notória uma significativa evolução no som da banda do EP para este primeiro longa-duração “Black Bottle”. A que se deve essa evolução?
BL: O EP foi uma primeira experiência dos Bed Legs enquanto banda em estúdio, foi um processo de aprendizagem e felizmente teve como consequência uma cambada de concertos ao vivo. Ora quer a gravação do EP quer esses concertos todos deram a banda estrada, maturidade e outro sentido da direção que queriamos seguir, o que se reflete obviamente depois no álbum "Black Bottle", como qualquer banda fomos evoluindo com o tempo e com as experiências que vivemos. É natural que se note uma evolução.
TMS: “Black Bottle” é, acima de tudo, um pujante e cru álbum de rock’n’roll à moda antiga. Quais são as referências da banda neste género musical?
BL: No que toca à música que ouvimos somos muito ecléticos, mas dentro do rock'n'roll não podemos fugir a monstros como Jimi Hendrix, Led Zeppelin, RATM, Red Hot Chili Peppers, The Cult entre outros...
TMS: Mas nem só de rock se faz “Black Bottle”. Que outras referências, fora do cena rock, ajudam a compor a sonoridade dos Bed Legs?
BL: Ouvimos todos cenas muito diferentes, mas tentando enumerar algumas posso adiantar nomes como James Brown, Prince, Pantera (que também têm muito Rock & Roll), os portugueses ZEN, Bob Dylan, Charles Bradley ... são muitos hehe
TMS: Vocês são oriundos de Braga, cidade que foi recentemente considerada uma das melhores cidades para viver da Europa e a melhor em Portugal. Corroboram este estudo?
BL: Como qualquer cidade Braga tem os seus prós e contras, não vamos em estudos, pode ser uma cidade maravilhosa para uns e um inferno p'ra outros...
TMS: Como explicam o grande número de bandas provenientes do eixo Braga-Barcelos?
BL: De Coimbra surgiram os Filhos do Tédio, desta zona podemos chamar-lhe um sinónimo diferente: Filhos do Aborrecimento.
Há muito talento em Braga e Barcelos, quando as pessoas se começam a mexer esse talento vem ao de cima, mas mesmo assim, a nosso ver, poderia ser bem melhor, pelo menos no que toca a Braga.
TMS: Quais as expetativas da banda para 2016?
Tocar ao vivo o máximo de vezes possível, em todo o lado e mais algum. Temos o feeling que o álbum vai resultar muito bem ao vivo, estamos ansiosos por começar a dar concertos.
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